Uma breve história

   A leste do Níger, na região habitada pelos ibos, não se desenvolveu o Estado centralizado ou um rei, exceto por algumas pequenas áreas, ao norte, por influência do Benim.

   Na Ibolândia, como também é conhecida, existiam pequenas aldeias dedicadas à agricultura de subsistência, ao plantio do inhame, do dendê, da banana e dos feijões, à criação de pequenos animais como galinhas, caneiros e cabras. As estruturas sociais eram formadas por anciões, sociedades secretas e linhagens familiares que tomavam suas decisões baseadas nos sacerdotes e oráculos.






O Comércio de escravos pelo Atlântico



   O comércio de escravos pelos mares, que ocorreu entre os séculos XVI e final do século XIX, teve enormes efeitos sobre os Igbos. Muitos jovens eram levados, e as guerras aumentaram para a tomada de cativos. A maioria dos escravos ibos foram retirados da Baía de Biafra (também conhecida como a baía de Bonny). Os escravos eram geralmente vendidos aos europeus pela Confederação Aro, que sequestrava ou comprava escravos de aldeias ibo do interior. Os escravos não foram todos vítimas de guerras, incursões ou expedições. As vezes eram devedores e pessoas que cometeram o que suas comunidades consideravam como abominações ou crimes.     

   Os escravos Igbos eram conhecidos dos colonos britânicos como sendo rebeldes e por terem uma alta taxa de suicídio para escapar da escravidão. Por razões ainda desconhecidas, há evidências de que os comerciantes procuraram mulheres Igbo. Os Igbos foram dispersos para colônias, como Jamaica, Cuba, Santo Domingo, Barbados, Estados Unidos, Belize, Trinidade e Tobago entre outros.


                                                




















Fontes:

SILVA, Alberto da C. Igbo-Ukwu. IN: A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. 3° Ed. Rio deJaneiro: Nova Fronteira, 2006.

Douglas, Chambers B. (2005). Murder at Montpelier: Igbo Africans in Virginia. Univ. Press of Mississippi. p. 25.


Lovejoy, Paul E. (2003). Trans-Atlantic Dimensions of Ethnicity in the African Diaspora. Continuum International Publishing Group. pp. 92–93.

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